Estamos no início dos trinta anos. No ano passado, muitos amigos próximos casaram. O assunto este ano são os filhos. Algumas amigas grávidas, outras na dúvida. Quase todos pensam em aproveitar ao máximo antes de aumentar a família, esperar o "chamado da mãe natureza", o "instinto materno aflorar". Eu não fiquei esperando esse chamado e fui logo me dando um prazo. Pois com a decisão tomada, o instinto materno aflorou. Simples assim. E depois de tanto tempo "cuidando" cheguamos até a pensar que já poderiamos ter tomado essa decisão antes.
Não sei se isso acontece em todo lugar, mas há uns medos que ficam colocando na nossa cabeça, de que o sossego vai acabar, de que é melhor aproveitar tudo antes, de que os empregos vão ficar mais difícieis. Mas de repente, construir uma família passa a ser mais importante do que qualquer viagem, balada, emprego, noite de sono. E ainda há aquelas com medo do corpo "embarangar" ou ainda de que esse mundo está muito confuso, perigoso ou muito cheio para mais uma criança. É só tocar no assunto que essas temores são comentados.
Apesar da constante ameaça ecológica, entre outras coisas que andamos aprontando, acredito que o mundo já esteve muito pior para se viver. Todas as gerações tiveram os seus desafios.
Uma vez eu perguntei para o Bruno qual era o seu grande sonho. Disse a ele que o meu era trabalhar na ONU. Ele pensou um pouco, pois não é dado a esses devaneios e respondeu: "construir uma família feliz". De repente meu sonho da ONU ficou pequeno e até egoísta. O sonho dele me incluía. Essa resposta me fez rever alguns valores e hoje nosso sonho é o mesmo. Exige tanto empenho e desenvolvimento pessoal quanto qualquer outro sonho, mas as recompensas são infinitas.
Desejo do dia: inspiração para escolher um nome.
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