quarta-feira, dezembro 15

Segredos de Hong Kong


Objetos expostos na Cat Street, Hong Kong.

Me perguntam porque eu digo que Hong Kong é a cidade onde todas as pessoas e objetos perdidos do mundo um dia vão parar.

Perdeu a sua capinha de celular de oncinha? O batedor de ovos? Um Snoop da sua coleção? Uma moeda? Tenho uma suspeita: veio parar em Hong Kong. Sim, junto com aquele pé de meia, que, neste momento deve estar sendo vendido por velhinhos misteriosos, em alguma calçada ou beco de Sheung Wan.


Detalhe, um outro dia, no mesmo lugar.

Nas tardes de fim-de-semana seus objetos perdidos podem ser encontrados ao longo da Hollywood Road, a rua das lojas de antiguidades, onde aqueles que foram perdidos pelas gerações passadas também se amontoam.

Pare numa esquina de Central e observe a população que passa. Entre a massa de cabelos negros e olhares orientais você notará muitas pessoas diferentes, em sua maioria jovens, de todas as fisionomias, idiomas, formas, estilos. Mudaram-se para Hong Kong? Nasceram aqui? Provavelmente não. Estão de passagem. Pela Ásia, pelos negócios, pela aventura. Essa passagem costuma durar dias para alguns, semanas e até meses para outros. Para poucos conta-se em anos. Por um momento, ao ver vikings, turbantes, sarongs, ternos, clubbers, turistas e cowboys australianos, você vai ter a impressão de que todas as pessoas abduzidas no mundo, foram deixadas aqui, entre a Queens e a De Voax Road.

Hong Kong é como um buraco negro que atrai a tudo e todos, chacoalha, transforma e depois cospe longe, em todas as direções. Todas as coisas que se perdem no processo, os velhinhos de Hong Kong coletam e vendem, com seus olhares marotos.

Desejo do dia: parabéns para o João, meu padastro muito gente-fina, que faz a minha mami feliz, que tem um sorriso largo e um grande coração. Muita saúde! Muita felicidade! Muitos anos de vida!!!


João e mami, em maio, no nosso casamento, em Floripa. (Foto de Norton José)


Paizinho e Si, no mesmo evento, que é para ninguém ficar com ciúmes.

Amo vocês.

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