sábado, setembro 11

Desejos de grávida


Gabi, esperando Anna Luiza, fotografada pela sua irmã, Anna.

Nunca pensei que eu ia ter o meu dia de **ExxA eh MiNha MigUxiNhA kiLid@** , mas essa foto da Gabi barrigudinha merece uma infâmia.

Mesmo ela tendo feito essa surpresa de engravidar durante a minha estada do outro lado do mundo!!! Teve a vida toda para isso, mas não, esperou eu sair para dar uma volta... espero que a Daisy, a Doka e Cia. não tenham essas idéias.

Brincadeira, a verdade é que eu estou babando...

Isso me faz refletir. Fazer amigos depois de velha é mais difícil. Quando se é criança, beleza, a gente brinca, não tem medo de se conhecer, briga, chama de quatro-olhos, dente-de-lata, peituda. No outro dia já tá brincando de novo sem nem precisar pedir desculpas.

Na adolescência também é gostoso, a gente se identifica, ajuda o outro a crescer. Há um apoio recíproco numa fase “Sessão da Tarde”: dramas, comédias e aventuras (que às vezes dura para sempre).

Na universidade já fica mais complicado, mas dá para encontrar aquelas pessoas especiais que a gente andava procurando... e amigos de bagunça também, muitos. Ah, e os “amigos dos amigos” que viram amigos do peito.

Depois disso, no trabalho, a tarefa vai ficando cada vez mais complicada. As pessoas já estão um pouco endurecidas, não é tão fácil perdoar, as preocupações aumentam e os dias diminuem. Fica mais difícil convidar para uma pipoca, uma brincadeira, uma tarde juntos, sentar na calçada, deitar no muro olhando para o céu, até altas horas da madrugada, sem sentir o tempo passar.

Acho que as melhores amizades eu fiz nas brincadeiras de boneca, nos choros de adolescente, nas festas, mais ainda, na preparação para as festas, nos porres da universidade, nas noites de estudo e principalmente nas conversas paralelas.

Sim, fazem-se amigos depois, mas numa escala bem menor. Quero dizer, estou fando de mim.

Tenho dificuldade em fazer amigos, dificuldades de mantê-los, porque não sei como pedir desculpas, me atrapalho e falo bobagens na hora de jogar conversa fora, porque gosto de ficar sozinha, porque não sou entusiasta da distribuição aleatória de três beijinhos, por que não consigo evitar comentários sarcásticos, por muitos motivos. Se a astrologia estiver certa, eu sou mesmo como aquele carangueijinho, entocado na casca, que não gosta de se abrir e não sente necessidade de contar seus sentimentos para ninguém.


Mas meus amigos são grandes. Sempre dispostos a me dar tudo, a qualquer tempo e em qualquer distância, sem nunca me cobrar nada. Esse rol inclui meus pais amados, meus irmãozinhos, seus companheiros, meu marido e as pessoas da sua família.

E é só por causa deles que eu tenho algum medo do tempo.


E por causa deles, não teria medo de nada.

Hoje as pessoas estão falando muito de traumas e atentados (a CNN está impossível), mas eu preferi comentar sobre a vida, bem piegas, nada sofisticado, afinal: "Cada criança que chega ao mundo nos diz: Deus ainda espera alguma coisa dos homens." (Suspiro) O que Deus espera de mim?

Obs importante: Não maezinha, eu não estou deprimida, estou muito muito feliz eme divertindo horrores!!! São só algumas licenças poéticas!

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