quinta-feira, setembro 2

Praticando o desapego

“Acordo de manhã dividido entre o desejo de melhorar o mundo e o desejo de desfrutá-lo. Isso dificulta o planejamento do meu dia.”
(E. B. White.)

Estou lendo um livro sobre religiões. Chama-se “As religiões do Mundo – em busca de pontos comuns”, de Hans Kung.

O que posso dizer é que o Budismo, que tem me intrigado em HK, assim como o Cristianismo, o Islamismo, o Judaísmo etc. é... muito interessante. É claro que eu não concordo com tudo o que leio, mas respeito. Penso que todas as crenças devem ser respeitadas (observados os direitos humanos na sua manifestão). Não gosto quando uma pessoa comenta da religião da outra: “quanta bobagem!”.

Cada religião crença, revela um aspecto de observação e de vivência de uma cultura ou povo, não pode ser julgada no nível da verdade ou mentira, faz parte da experiência humana.


Quando me deparo com um ensimento, não o condeno ou aceito pela religião que o reivindica, só reflito em relação à minha vida: serve ou não serve? Se servir, tento aplicar. Com relação ao budismo, me identifico com algumas idéias. São praticamente aquelas que poderiam ser aplicadas em outras religiões. Não me identifico com outras, estranhamente em sua maioria semelhantes às que, pensando bem, não foram propostas por seus fundadores, mas deturpadas ao longo do processo de consolidação de sua organização.

Com o que eu concordo ou não? Não revelo! Religião não se discute! (Muito)

Trechos do livro:
“O próprio Buda, na verdade, não dava grande valor a templos, rituais e cerimônias, nem tampouco a deuses e demônios.” (152)
“Mesmo na iluminação, experimentou que, quando o homem alcança a visão de tudo, ele pode reconhecer que nada do que ele vê é estável, que nada no mundo é permanente, que tudo muda, ou mesmo que até o seu próprio eu, a que ele tanto se apega, não possui no fundo nenhuma substância permanente, mas é também perecível.
O sofrimento portanto, de que o homem precisa ser curado, é causado precisamente por esse apego ao seu próprio eu. Através da terapia de Buda, o homem precisa aprender a libertar-se de seu próprio eu. Precisa encontrar o caminho para deixar de ver tudo em função do seu próprio eu, tudo envolvido consigo mesmo, encontrar o caminho para a renúncia de sí, que então o tornará livre para uma compaixão universal. Isso é algo que na verdade não deveria ser estranho ao cristão.” (153)

Informações interessante sobre o budismo: Aqui.


Conclusão: tenho bastante desapego com relação a coisas, pouco relação às pessoas, muito pouco com relação a idéias e muito apego com relação a mim mesma.

Obs: Fui presa no Orkut! Mas quem não sabe o que é isso não vai entender nada... (Calma mãe, é só um site de relacionamentos!) Já mandei um e-mail pedindo para me soltarem, vamos ver quanto tempo demora.

Desejo do dia: colocar a minha correspondência em dia.