quinta-feira, maio 13

Bisbilhotando

Estava lendo as minhas agendas mais uma vez. Cada vez que faço uma arrumação no escritório não resisto e abro alguma para ter aquele sorrateiro encontro com a versão adolescente de mim mesma.

Não consigo definir se eu escrevia o que eu sentia ou o que achava legal sentir, ou o que achava legal escrever. Às vezes me questiono se as idéias eram minhas.

"Às vezes eu sinto que sou uma daquelas pessoas que morrem e todos ficam comentando como ela era boazinha."

É claro que a maioria dos temas era amor, embora eu tenha perdido alguns registros do objeto desse amor. Não importa, era sempre o mesmo desejo de amor em mim.

“Eu tenho um grande amor. Escrevo assim baixinho. Nem sei o quanto pode ser silenciosa uma palavra escrita.”

“Por que não posso fala de ti sem inventar?
Quando, na realidade, tu tens tanto daquilo que amo e conheço e pretendo, que eu não entendo porque não consigo te explicar. Por que se me fascinas tanto, tantas vezes, tenho no entanto, medo de te encontrar?”


Filósofa, insegura, piegas, enfim, adolescente.

Eu ainda adiantei uma resposta para as minhas indagações futuras. Oh, sim! Escrevi há alguns anos para a bisbilhoteira de hoje:

"O que alguns podem pensar que é um desejo irresistível de escrever, nada mais é do que não ter o que fazer.”

Tão simples!

Desejo do dia: Literatura.
Queria tanto encontrar um curso de ecrita criativa por aqui.