sexta-feira, dezembro 22

Feliz Natal!!!

Estava vendo um especial sobre o Ano Novo Chinês em Hong Kong e senti uma enorme saudade.

O Natal me Hong Kong é tão enfeitado e tão comemorado que a gente nem lembra que 80% da população é budista.

Tem Papai Noel chinês no Ocean Park - Hong Kong.

O Natal e o Ano Novo são festas de alegria no mundo todo? Algumas religiões comemoram de jeitos diferentes, mas acredito que todos pedem as mesmas coisas positivas.

Alguém viu "Quem somos nós?" (What The Bleep do we Know?, 2005). Adorei a história da água que muda de forma de acordo com o pensamento que colocamos sobre ela. Acreditando na influência do nosso pensamento na realidade, desejo a todos um ano cheio de luz, vida e amor.

A Georgia contou uma bela história de Natal aqui, mostrando que explicar a existência do Papai Noel para uma criança não é tão difícil.

Teve também o amigo secreto dos blogs, organizado pela Denise, mas sobre essa gostosa brincadeira, vou postar depois.

E hoje eu acordei com um businaço do Papai Noel passando pela rua em carro aberto, com diversos carros enfeitados de balões. Pelo visto a comunidade se mobilizou para uma bela festa. As crianças devem ter adorado, mas o que deu para notar mesmo, foi a alegria dos adultos.

Um ano fantástico para todos!!!!!

Desejo do dia: Feliz Natal

terça-feira, dezembro 12

Do coração do Papai Noel

Neste Natal, resolvi participar do Projeto Papai Noel dos Correios. "O objetivo prioritário do projeto é responder com atenção e carinho as crianças que escrevem ao Papai Noel, por meio das cartas-resposta e da visita ao papai Noel (...)."

Mesmo sendo uma data de fúria consumista, acredito que discursos ideológicos não minimizam a tristeza de uma criança que se sente excluída.

Chegando lá, a senhora que atendia me passou uma caixa cheia de cartinhas.


















Eu deveria ler e escolher uma, depois comprar o presente e deixar lá, com o endereço de entrega. Comecei então a ler os pedidos.

Não havia apenas cartas de crianças, mas de mães e pais preocupados que pedindo roupas e brinquedos, mas também muitos pedidos de cestas básicas para a ceia. Uma mãe que se encontra presa, pede que alguém compre presentes de Natal para os seus filhos. Alguns pedem presentes caros, como videogames e computadores, outros, tênis, bola e até um chinelo. Sonho é sonho. Um menino pediu uma cesta básica para a família e um chinelo para avó. Escolhi uma cartinha que gostaria de ganhar material escolar e uma pasta fichário da Hello Kitty. Como CDF que sempre fui, este foi o pedido que mais me tocou.

Na semana seguinte, minha diversão foi fazer essas compras. Mas na hora de escrever o cartão, fiquei pensando em como assinar... Papai Noel? Depois de queimar a mufa um pouquinho, resolvi assinar: "Do coração do Papai Noel". Acho que ela vai ficar bem feliz.

Chegando nos Correios para entregar o presente, percebi que a salinha havia se tornado um verdadeiro Centro de Distribuição do Papai Noel! Fiquei feliz por ver que havia até bicicleta entre os presentes. A senhora me disse que eles estão recebendo umas 200 cartas por dia.



Na saída fiquei pensando sobre quem seriam as crianças que receberiam esses presentes. Então vi um menino, engraxate, correndo na direção de um senhor cego, perguntando se ele precisava de ajuda para atravessar a rua. Pensei que não importava quem estava recebendo, pois todas as crianças ficam felizes quando alguém se importa e todas merecem.

Brincadeira de festejos é uma coisa, caridade é outra e responsabilidade social é ainda outra. Gostaria que essa troca de presentes fosse apenas uma brincadeira de festejos e não um retrato de uma sociedade pouco justa.

A minha amiguinha é da Serraria, no município de São José. Eu gostaria de participar de projetos mais próximos. Seria interessante saber mais sobre a comunidade onde moro agora, indicadores de saúde e educação, quantas escolas, quantas crianças e jovens, quais os principais problemas, projetos locais. Estou procurando a Associação de Moradores para participar, mas os caminhos que encontrei na Internet não deram certo. Mandei um e-mail até para a Prefeitura para saber se eles têm algum contato. Faz parte da minha idéia de mestrado, mas isso é um outro assunto.

Desejo do dia: disciplina.

segunda-feira, outubro 16

Dia do professor

Ainda estamos em processo ed mudança. Não escolhemos um provedor de Internet, mas nessa correria, não deu tempo de acessar.

Hoje é dia do professor e não posso esquecer essa tarefa que tanto tem me surpreendido. Sem tempo para contar sobre isso, coloco aqui a homenagem aos professores que fiz no dia da minha formatura de Administração. Eu queria ser oradora, mas acabei adorando a tarefa de homenagear os professores.

"Boa noite, senhoras e senhores,

Neste momento, queremos fazer um agradecimento especial
para os nossos prof
essores,

Alguns deles estão aqui,
participando da nossa conquista, da nossa alegria.
Porque também essa, é uma conquista deles
e também é deles a alegria do dever cumprido.

Àqueles que demonstraram entusiasmo como professores,
que diante de nossas dificuldades e receios
não nos subestimaram, mas,
ajudaram-nos a desenvolver o que de melhor havia em nós,
aceitando a nossa realidade humana,
incentivando-nos na superação dos nossos limites,
sem humilhações ou frustrações inúteis;

Àqueles que nos estimularam a emitir opiniões,
mesmo que contrários às suas
e nos e nos levaram a refletir mais do que decorar;
Àqueles que tiveram fé na sua capacidade de ensinar;
Nosso especial agradecimento.

Cada um dos professores com os quais convivemos,
Ensinou-nos alguma importante lição,
E agradecemos a todos com carinho.

Mas, se em algum momento,
as coisas não deram tão certo,
nos sentimos desacreditados,
sentimos que não tínhamos o devido apoio,
também aprendemos com essas lições,
Porque fizeram com que descobríssemos
uma força ainda maior dentro nós,
para lutar por aquilo que acreditamos, nossos objetivos,
para enfrentar os desafios,
para fortalecer nosso caráter
e crescer com a superação dos erros,

Lições estas, fundamentais
para que possamos enfrentar a vida profissional,
uma vez que sempre haverão aqueles
que receiam admirar a luz que vêm brilhar no próximo,
por não acreditarem no brilho da sua própria luz.

Se não aprendemos o funcionamento deste mundo tão confuso,
Aprendemos que temos o poder da transformação
e somos responsáveis por tudo o que este mundo vier a ser
E, se não aprendemos a controlar nossos impulsos,
nossa pressa,
aprendemos a importância do planejamento,
do conhecimento e da ética
para uma caminhada de passos firmes

A proximidade entre alunos e professores
é uma característica da ESAG
E é por isso que sentiremos tanta falta
Porque foi muito divertido,
Principalmente muito divertido

Em que outro lugar, alunos e professores,
antes de começar a aula,
trocam idéias sobre como foi o dia?

Durante o curso, alguns professores pararam a aula
para dizer que tinham orgulho de nós,
Para nos incentivar,
e isso foi muito importante

Enfim, àqueles que não se limitaram
a serem apenas nossos professores,
que nos ajudaram a desenvolver nossa criatividade,

consciência, liberdade, responsabilidade e,
como Humberto de Campos, nos ensinaram
que o fruto da verdadeira árvore da ciência é a bondade,

Muito obrigado

Não haveremos de esquecê-los.
Não apenas pelas lições,
que sempre hão de nos acompanhar,
mas porque a 'gratidão é a memória do coração'*. (*Frase de Antistenes
)"


Desejo do dia: sopa básica de emagrecimento rápido... (que cheiro de aipo!)

terça-feira, setembro 19

Golpe na Tailândia

Dos países que visitei na Ásia,a Tailândia é o mais bonito. Um mar lindíssimo, as limestones sobre o mar, o artesanato caprichado, as cores, os templos, fiquei admirada.

No entanto, causou espanto também a adoração que eles têm pela família real. A foto da família está por todos os lados, em todas as casas, nos outdoors, em cenas importantes ou cotidianas, entre crianças ou militares. Antes de ir para lá, fui avisada de que dois assuntos são sagrados para eles: a família real e o budismo.

Fora isso, é também o país com o povo mais parecido com o brasileiro, alegre, amistoso, contador de piadas (com graça), tentando dar uma volta nos turistas (ah, vai dizer que aqui não tem disto?). Mas como o Brasil não tem (no melhor sentido)!

Fiquei espantada com as notícias sobre o golpe. Depois da Tsunami, isso deve ter dado um bom susto nos turistas! E no povo, penso eu.

Imagine, você saindo do mar em Phi Phi Don e alguém comenta "temos um problema!". "Tsumani?" você pergunta, assutado. "Não! Não tão grave. É só um golpe de Estado" responde o amigo. "Ah, bom", diz você, aliviado, estedendo a canga na areia branca.

Parece uma "revolução civilizada". Não dispararam tiros.
"Blindados e soldados assumiram posições em várias esquinas, mas a vida continuou praticamente normal na capital -- com muito trânsito e chuva nas ruas. O aeroporto também continuou operando sem interrupções. O general da reserva Prapart Sakuntanak disse pela TV que o golpe é temporário e que o poder será 'devolvido ao povo' em breve."
Que simples, não?

O exército (daquele povo muito gentil) deve estar dizendo para os turistas "não se preocupem, estamos só resolvendo umas questões, revogando a constituição e tirando os canais de TV do ar. Podem continuar a viagem."

Isso e mais uma dúzia de coisas, fazem-me pensar que passear por este mundo está ficando mais complicado. Não basta ter dinheiro, agora é preciso também um pouco de espírito de aventura.















Altar com foto de um membro da família real no aeroporto de Krabi.

"O milagre
Dias maravilhosos em que os jornais vêm cheios de poesia

e do lábio do amigo brotam palavras de eterno encanto
Dias mágicos em que os burgueses espiam,

através das vidraças dos escritórios,
a graça gratuita das nuvens.
(Mário Quintana)"

Desejo do dia: Sim! Terminar mais um artigo para o mestrado!!!

terça-feira, agosto 29

Eu quero!













Eu já contei aqui que um dos meus desejos é o Indiana Jones. Nosso apê está ficando pronto e talvez dê para ter um.

Eu sempre quis um
Dachshund, mas dizem que as patinhas dele podem fazer barulho e incomodar o vizinho de baixo. Depois, é preciso dedicar tempo e carinho. Ele precisa de atenção, passeios e pode não gostar de viver num apartamento. Não quero prejudicar um bichinho. O Bruno também se preocupa com isso. Por isso, estamos pensando.

Fui pesquisar sobre as raças esses dias, e encontrei um site com uma
quantidade incrível. Nunca imaginei que existiam tantas. Não aguentei e olhei quase todas. Aprendi que eu devo ter confundido muitas raças. Eu poderia achar que estava vendo um Husky, quando na verdade, era um Shiba Inu ou um Malamute do Alasca. Ou poderia confundir um Akita com um Samoieda Ou ainda, um labrador com um Kuvasz ou com um Cão dos Pirineus.

E as raças estranhas? Nunca tinha visto o esfregão canino
Komondor, nem um que parece o Floquinho do Cebolinha, o Skye Terrier ou o sem-pelo Chinese Crested Dog.

Voltando ao meu desejo, embora seja pequeno, existem raças menores que o salsichinha. No entanto, quanto menor, mais caro. Adoro o
Westie, mas acho nem tem para vender por aqui. Lá em Hong Kong eu adorava o Lulu da pomerânea, mas esse nunca vi em Floripa. Também gosto do Jack Russel, mas dizem que, mesmo pequeno, ele é hiperativo e precisa de espaço. Já poodles e pinchers não fazem o meu gênero. Assim, se alguém estiver querendo doar qualquer um da lista abaixo, talvez...

  • West Highland White Terrier (Westie),
  • Norfolk e Norwish Terrier,
  • Lulu da pomerânea (Spitz Alemão),
  • Daschshund - Teckel, dourado,
  • Vira-lata pequenino.

E por falar em vira-latas, finalmente o pessoal que há anos vem reivindicando programas para o problema de cães de rua conseguiu apoio da Prefeitura. Foi criada a Coordenadoris do Bem-Estar Animal, que faz o serviço de adoção (estão na Internet e dá vontade de levar para casa) e oferece castração de animais para quem ganha menos de 3 salários mínimos. Estou louca para ir lá dar uma olhada e quem sabe até fazer um trabalho voluntário.

"Não me importa saber se um animal é capaz de pensar, sei que é capaz de sofrer e por isso o considero o meu próximo." Albert Schweitzer, Prêmio Nobel da Paz em 1952

Desejo do dia: terminar um trabalho chatinho.

segunda-feira, agosto 21

Blogagem coletiva - reação à violência

A Laura está organizando uma blogagem coletiva sobre "o que sentimos diante diante da violência no mundo, do terror, especialmente do medo que vivemos aqui no Brasil nas grandes cidades como Rio e S. Paulo" Veja quem está participando aqui.

Lembrei deste desabafo do Alexandre Garcia, falando mais como cidadão indignado do que como jornalista (em tempo, ele não foi demitido por causa disso!):


Assim como foram criadas as campanhas ambientais, quando o movimento ecologista começou a alertar o mundo para a necessidade de preservar, imagino como poderia ser uma campanha do tipo "o que você pode fazer pela paz?"

Quando se tem atidudes preconceituosas, agride-se alguém com palavras, quando se prejudica intencionalmente outra pessoa, quando se ataca a sua honra e às vezes no instante de uma "simples fofoca", está-se agindo com violência. Mesmo o silêncio pode ser uma atitude violenta, pois ser ignorado também promoca sofrimento. Essas formas de violência não estão restritas a nenhuma cor, credo ou classe social.

Assim como a crise ambiental, a crise de violência não vai acabar sem o comprometimento de todos, sem uma nova maneira de viver nesse mundo.

É preciso mostrar indignação sim, é preciso se manifestar, procurar alternativas, buscando provocar um movimento de mudança.

Não tenho nenhuma solução senão um compromisso pessoal de tentar buscar uma forma de viver diferente, menos violenta para mim e para as outras pessoas, incentivar e esperar que um dia os outros façam o mesmo e que toda a humanidade possa encontrar um novo caminho, reclamado por tantos seres humanos brilhantes, desde tanto tempo...

"O poder desenacadeado do átomo mudou tudo, menos nossa forma de pensar... Se a humanidade houver de sobreviver, necessitaremos uma nova forma de pensar" (Albert Eisntein)

"Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamosde humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essasvirtudes, a vida será de violência e tudo será perdido." (Charles Chaplin)

"A paz vem de dentro de ti próprio, não a procures à tua volta." (Buda)

"Não existe um caminho para a paz; a paz é o caminho." (Gandhi)

Desejo do dia: humildade



quinta-feira, agosto 10

Enquanto isso, o Brasil tem o céu mais azul do mundo!

A notícia saiu aqui em português. Site da pesquisa, em inglês.

Uma pesquisadora teve a "difícil" tarefa de viajar por 20 países procurando pelo céu mais azul do mundo. (?) Confesso que não entendi bem os critérios da pesquisa. Aqui em Floripa, às vezes temos o céu mais azul do mundo... podem trazer o aparelhinho.

A pesquisa foi financiada por uma agência de viagens e o escolhido foi o céu do Rio de Janeiro. Com isso, crescem os argumentos de vendas para as operadoras. Bom para nós.

Lembrei daquela pesquisa feita para saber qual o país mais feliz do mundo. O Brasil ficou em 81o lugar. Em uma outra, com o mesmo objetivo, o ganhador foi Vanuatu e o Brasil ficou em 63o. Isso significa que ter o céu mais azul do mundo não é sinônimo de felicidade?

Com um mundo tão diverso, acho difícil dizer o quais são as melhores coisas do mundo.

Olhando o resultado o que mais me chama a atenção são os lugares que ela conheceu.
Que sorte, ein?



Imagem original aqui.

Desejo do dia: concentração.

segunda-feira, julho 24

Floripa Bombando na Mídia Internacional

Florianópolis, esta singela cidade ilhoa, apareceu na NewsWeek recentemente como uma das "The Ten Most Dynamic Cities"! ohhhh

Eis a lista: Fukuoka (Japão), Munique (Alemanha), Londres (Inglaterra), Toulouse (França), Nanchang (China), Moscou (Rússia), Ghaziabad (Índia), Goyang (Coréia do Sul), Florianópolis (Brasil).

Dia desses pegaram uma turma de traficantes que estava se mudando para cá. Não que não tenhamos nossos políticos e empresários traficantes, mas o fato das quadrilhas de Rio e Sampa estarem quererendo mudar para cá significa que eles, assim como a Newsweek, estão percebendo o potencial. A criminalidade por aqui tem aumentado bastante, com direito a chacina nos morros.

O case de Florianópolis poderia ser uma bela oportunidade para o poder público, a elite política, os empresários e a sociedade, mostrarem que pode haver crescimento com desenvolvimento urbano organizado e qualidade de vida. A região é rica de recursos naturais, humanos, tecnológicos e até financeiros. Falta só um pouquinho de vontade e disposição para cooperar e usar da melhor forma as nossas forças. Enquanto a regra for "farinha pouca, meu pirão primeiro", ficamos a "Deus dará".

Reportagem.

Ps: O Bruno acredita que tem dedo da Fundação Certi nessa reportagem. Tudo por conta da promoção do Sapiens Parque. Tomara que dê certo.

Fotos de Floripa, que tiramos por aí


Desejo do dia: ternura.

terça-feira, julho 11

Adeus Lili Velha, Feliz Lili Nova...

Como eu contei aqui, A Árvore dos Desejos é um livro infantil que narra as aventuras de Dulce na noite da véspera do seu aniversário.

Ele foi escrito por William Faulkner e conta a história de uma menina que, na noite anterior ao seu aniversário, resolve cumprir uma simpatia: vira o travesseiro e sobe na cama com a perna esquerda. O livro conta os acontecimentos do dia seguinte, quando Dulce é acordada por um menino ruivo desconhecido que a leva para uma estranha jornada em busca da árvore dos desejos...

Desde então, lembro dessa história todos os anos. Ela encontra muitas possíveis árvores dos desejos pelo caminho, às quais, para cada folha colhida, pode fazer um desejo. Ao final, a verdadeira árvore é, na verdade, São Francisco rodeado de pássaros coloridos.


Assim, passei a vida acreditando que o aniversário é uma data especial, em que coisas extraordinárias podem acontecer.

As pessoas vão demonstrar o carinho às vezes guardado e comemorar comigo a passagem para um novo ano, cheio de possibilidades. Vão esquecer as minhas chatices e comemorar a conquista de mais um ano saudável, feliz. Não dizem que há uma magia de Natal? Para mim, há uma magia de aniversário.

Por outro lado, é um dia em que eu gosto de ficar sozinha, analisando o que precisa ser mudado, avaliando os ganhos, conversando com a Lili que vai ficar nos 29 e a que vai curtir os 30. Não dá para fazer isso todos os dias do ano, mas hoje é um dia especial, absolutamente mágico.

Desejo do dia: não posso contar, se não não se realiza. : )

Ps: hoje com o Orkut, a coisa chega ao limite do incrível. Até a nossa helper de Hong Kong encontrou uma maneira de mandar um recado. São simples recados, mas que vêm com a fotinho da pessoa do lado. Impossível não ficar emocionada.

quarta-feira, junho 28

Um dia na África

Eu não tenho notícias de nenhum ancestral africano. Meu pai é argentino e tem cara de cigano e índio, minha mãe é catarinense de origem portuguesa, mas gostaria de saber mais sobre a aventura de algum homem ou mulher negra que tenha entrado nessa mistura rica que forma o meu DNA.

Adoro a África. Adorei desde que olhei pela janela do avião e avistei o continente. Foi a visão de uma extensa praia de areias brancas, separando o Atlântico do deserto do Kalahari. Nas horas seguintes, não sei bem, pois me perdi no tempo, contemplei um deserto vivo, de muitas cores e padrões, de altíssimas dunas brancas, sinuosas areias vermelhas e outras formas em movimento. Quando o verde baixinho foi aparecendo, eu não sabia, mas era sinal de chegávamos à civilização e logo pude ver os primeiros povoados. Ao pisar no aeroporto de Joanesburgo, minha paixão se confirmou. Pude ver a savana pelas janelas de vidro e imaginei leões e elefantes. Exatamente como alguns estrangeiros esperam ver índios e mulatas ao chegar ao Brasil.

Não saí do aeroporto e peguei outro vôo para Hong Kong, mas a oportunidade de conhecer um pouco da África veio alguns meses depois, quando passamos a lua-de-mel na Cidade do Cabo (Cape Town), a cidade mais encantadora que já conheci.

Adorei como as pessoas sorriem largamente, como são bonitas, as músicas, as capelas, os canions, os animais no caminho, o mar, o vinho. Mas essa é uma África mais bonita, mesmo com todo o histórico de desigualdade.

Em Hong Kong eu trabalhei numa ONG que enviava muitos donativos para a África e conheci alguns refugiados. Ficava curiosa, mas temerosa de perguntar sobre o seu passado. Tenho interesse nas histórias, na cultura, na situação, em como poderia ajudar de alguma forma um continente tão grande e bonito, a melhorar o padrão coletivo de vida. Não é justo o que acontece com a África. O mundo é injusto eu sei, mas esquecer as pessoas, um continente inteiro, como ocorre com a África, é incompreensível.

O mesmo amor e interesse que eu tenho pela cultura da América Latina, onde certamente estão as minhas raízes, tenho pela África. Só que a América Latina é ternura e a África é arrebatamento. A Ásia, que eu pude conhecer um pouco melhor, é curiosidade, a Europa, romance e nostalgia e a Oceania, uma extravagância, uma alegria. Ah, tem a América do Norte, mas essa ainda é desconfiança.

Algumas músicas africanas me provocam um efeito quase paralisante sob a pele, tocam fundo demais. Ver uma capela na rua, em Cape Town, foi uma experiência muito marcante. A música naquelas vozes, vinha do coração, do chão, dos elementos.

Por isso, sei que a minha aventura humana ainda vai ter alguma boa relação com a África. As minhas células me dizem isso.

Acredito que a história dos povos, das crianças, homens, mulheres, guerreiros que foram capturados em suas terras e levados para um outro continente, da matança, da barbárie, ainda não foi propriamente contada, pois todavia estamos sob a miopia da mesma sociedade escravagista de há pouco mais de um século. Assim como a história da América Latina também não está contada. Talvez só consigamos ver melhor o que se passa em boa parte do mundo, à distância de mais um século adiante.

Lembrei de tudo isso ao ver as fotos desse projeto: "Um dia na África", como fotos do dia 28 de fevereiro de 2002. "Um dia normal, simples, como tantos outros,captado em 53 países do Continente Africano (incluindo Angola, Cabo Verde,São Tomé e Príncipe; ...), pelas câmaras de uma centenas de fotógrafos,de 26 países, de todo o mundo... "

Veja as fotos do projeto.

Nossas fotos da Cidade do Cabo:




Sugestão de Filmes:
- Hotel Ruanda
- Amor sem Fronteiras
- O Jardineiro Fiel
- A Montanha dos Gorilas
- Entre dois Amores
- Os deuses devem estar loucos
- A Sombra e a Escuridão (mesmo não gostando da idéia de "homens brancos salvadores")

Aceito sugestões! Também de CDs.

Desejo do dia: virtudes.

terça-feira, junho 20

Paciência

"O nosso time entra em campo e prepara uma goleada de ofertas para você"
"Uma seleção de preços baixos"
"Ofertas campeãs"
"Vai que é tua, 'loja x'!"
"Vamos entrar em campo juntos"
"Copa do mundo de ofertas"
"A grande jogada é comprar na..."

Quantos publicitários de formam anualmente no Brasil?
"Um shoooooooow de criatividade"
Tá bom, gostei daquela do Maradona sonhando que está jogando na seleção brasileira...

Desejo do dia: boas notícias.

quinta-feira, junho 1

Outro mundo

Estico meu braço direito a frente dos olhos e ele atravessa a realidade, mergunlhando na superfície de um lago vertical. Vislumbro algumas imagens por meio da abertura. Há um outro mundo além desse mundo.

É essa a impressão que tenho ao ler esse pedido de ajuda:

"(...) faço parte de um grupo de voluntariado missionário ligado à igreja católica. Neste grupo este ano estamos a preparar um projecto de apoio social em Angola. Fiquei encarregada de reunir dinâmicas para os ATLs que vamos realizar. Temos algum material didáctico para levar (lápis, papel, etc.) mas a verdade é que queríamos pensar num ATL que não tivesse de recorrer a esses materiais, pois após a nossa vinda as crianças voltam a não ter acesso. Pensámos em algo mais sustentável que se pudesse fazer apenas com: areia, folhas, flores, pedrinhas e usando o corpo humano. A vegetação no local onde vamos é savana. Gostávamos de saber se têm algum material recolhido neste sentido e se nos podem facultar bibliografia, fotocópias, etc. Ou até se têm ideias de dinâmicas. Obrigada pela atenção."

Desejo do dia: retornar à belíssima África.

terça-feira, maio 30

A difícil tarefa de construir um país

Tenho acompanhado os comentários de brasileiros, timorenses e de outros interessados sobre a crise desse país que tem apenas quatro anos de idade. Ela revela um pouco da difícil tarefa de muitas regiões do mundo, que viveram sob uma colonização exploradora, quando não genocída, de se organizar como Estado. Lembro das aulas de História, da diferença entre "nação" e "país".

O Timor precisou de ajuda internacional para criar suas leis, organizar suas instituições, língua oficial, estrutura. Muitos brasileiros estão lá para ajudar, mas essa tarefa tem sido muito difícil por diversas razões, inclusive interesses externos.

O que torna um conjunto de pessoas uma nação? O que dá forças para que juntas elejam líderes, criem e respeitem as suas leis e acabem por torcerem unidas, um dia, pela bandeira de seu país?
Países da Europa lutaram séculos entre sí para se tornarem monarquias e depois democracias e ainda assim não estão bem resolvidos (observe-se o ETA e o IRA). Na Ámérica, África e Ásia, as ex-colônias tentam se desenvolver como países, algumas com mais sucesso. No entanto, olhando mais de perto, há ainda diversos países passando por conflitos internos. Até mesmo os desenvolvidos. A França andou ardendo esses dias. Os EUA, símbolo de uma nação livre, esconde o fervor da insatisfação das etnias desfavorecidas. Bom, o Oriente Médio, dispensa comentários.

Um pequena parcela do mundo luta pelo ideal da casa-com-tv-e-carro-zero-na-garagem. O resto luta pelo direito de continuar vivendo e de viver em comunidade.

A princípio, o Brasil alcançou o ideal de ser uma nação. As lojinhas de 1,99 vão faturar milhões com coisinhas verde-amarelas pelos próximos dias. Vamos produzir bastante lixo e gritar bem alto. Vai ser um chatice para uma pessoa "cricri" como eu, mas é bom que seja assim. Queria que esse patriotismo e essa energia durassem mais.

O legal é que a gente pode passar um pouquinho disso para outros países, que nos adoram. É muito gostoso visitar outros lugares e ver o pessoal sorrir e bradar, com forte sotaque: "Brasil!"

Professores da CAPES que estão no Timor estão sendo evacuados para a Austrália, até que a situação se acalme no Timor, mas vejo pela lista, que eles não querem ir. Não se trata de perder tempo cuidando da educação dos outros, mas cuindando do mundo em que vivemos e aprendendo muito com isso, trazendo coisas boas para o Brasil. Os professores escreveram uma carta para o Ministro da Educação, pedindo para não abandonarem o trabalho. Transcrevo o depoimento de um deles:

"Estamos indo embora e sinto vergonha. Quem dentre nós tiver o mínimo de respeito pelo ser humano quando estivermos nos dirigindo ao aeroporto, baixe a cabeça e não olhe para as centenas de refugiados que estarão pelo caminho.
Estamos indo embora e o meu sentimento é, também, de derrota. Nem todas as dificuldades que superamos em um ano de Timor me farão sentir que, de alguma forma, deixaremos o nome do nosso país registrado na história da mais nova nação do mundo. Saltamos do trem pela porta do último vagão. Saímos justamente quando eles mais precisavam.
Deixamos para trás um povo que nos recebeu de braços abertos e que nos chama de irmãos. Deixamos pra trás um povo que lutou, luta e lutará para se libertar de toda e qualquer amarra. Nunca compreenderemos este povo por completo. Nunca saberemos tudo que passa pela cabeça de um timorense por mais que tentamos nos esforçar e, talvez por isso, os deixamos sem lhes dizer absolutamente nada.
Em Timor-Leste nos angustiamos, nos indignamos, nos ofendemos, nos perdoados, mas, sobretudo, aprendemos. Poderíamos ter qualquer outro argumento para deixar pra trás as expectativas que eles construíram sobre nós e nosso trabalho, mas não o temos. Passamos por momentos tensos e os superamos sem pavor. Mas agora somos obrigados a evacuar do país. Iremos para Darwin e ficaremos lá por 15 dias para depois o governo brasileiro decidir se voltamos ou não para o Timor. Mas temos a sensação de que tão cedo não voltaremos a ver essa terra. MEU SENTIMENTO É DE VERGONHA E DERROTA! "



Crianças do Timor Leste. Fonte.

Trecho da carta dos professores brasileiros ao Ministro da Educação:

“Entendemos que a Educação é peça fundamental no processo de retomada da paz e a participação ininterrupta da Missão Brasileira é de grande importância para assegurar a confiança nas atividades estatais e o apoio da CPLP ao Timor-Leste.
Recebemos continuamente pedidos de nossas contrapartes timorenses para que nossas atividades não sejam interrompidas e seus resultados comprometidos.
(...)
Portanto, sendo a nossa vontade concluir os projetos iniciados, e não abandonar o povo timorense nesse instante difícil, solicitamos que em caso de risco se preserve a integridade física dos professores brasileiros em lugar seguro até que a situação se defina e de margem para negociações."

Desejo do dia: uma alimentação saudável.

sexta-feira, maio 26

Timor Leste

Xanana Gusmão
As coisas não andam nada bem no Timor Leste. Estou participando de uma lista de discussão que inclui pessoas do Timor, brasileiros e portugueses e há dias eles vêm relatandoo início do que parece ser uma guerra interna. Lembrei do filme "Hotel Ruanda".

Por que estou acompanhando isso? Assim que conheci a sua história, tive uma atração inexplicável pelo Timor Leste. Talvez por ser um país em reconstrução, com 4 anos de indepedência, que fala português. Conheci um timorense em Bali e uma brasileira que trabalha na ONU por lá, ajudando na construção das leis.

Território rico em Sândalo, em 1975 ficou independente de Portugal, mas no mesmo ano foi invadido pela Indonésia que estabeleceu uma política de genocídio. Em 1998 em um plebicito organizado pela ONU, os habitantes votaram pela independência. Milícias massacraram suspeitos de terem votado pela independência. Somente em 2002 o Timor Leste tornou-se independente, tendo como presidente eleito o líder Xanana Gusmão.

A Austrália alega que o país foi mal-administrado. Sei pouco sobre o assunto. O caso é que estão todos em alerta. Tropas australianas já chegaram ao país, alguns voluntários e estrangeiros estão partindo. A ONU já está criando abrigos para refugiados.

No site Crocodilo Voador, Rosely Forganes (que eu conheci no Orkut) apresenta muitas informações sobre o país e sobre o trabalho de brasileiros por lá.

Por que eu me importo? Não sei explicar. O mundo tem uma série de áreas em conflito, com pessoas vivendo em situação desumana, inclusive nas nossas favelas. Não consigo ficar apática. Quanto mais eu fico sabendo sobre elas, mais eu me importo.
Outras informações aqui. Assim como informações turísticas.

Desejo do dia: satisfazer desejos materiais.

segunda-feira, maio 22

Um questão: princípios

Quanto aos anos 80, eu só posso falar das minhas impressões e não me arrisco a falar das impressões dos jovens de outras épocas, nem dessa mesma. Aliás, deveo reclamar dos meus contemporâneos, que escrevem pouco sobre isso.

Eu poderia afirmar que ser jovem é sempre difícil em qualquer época, mas logo vai aparecer alguém dizendo que teve uma juventude tranqüila. Cada um de nós tem a sua impressão, a sua perspectiva a respeito do mundo e da sua história. Eu só posso falar de mim e brincar com a minha experiência dos anos 80, sem nunca descrevê-la de forma total, nem para mim mesma. Já comentei aqui que, nas leituras que fiz dos meus diários, descobri que muitas vezes eu não pensava como eu lembrava que pensava.

Admitindo que todas as épocas trazem dificuldades e que há sempre a promessa de um mundo melhor, pergunto: será que nós vivemos no mundo melhor que alguém sonhou? Ou apesar de todas as tentativas, esse objetivo nunca foi alcançado? E sendo assim: um mundo melhor é possível? Como diz o pessoal do Forum Social Mundial, "um outro mundo é possível"?

Bom, um mundo melhor para quem? Em que sentido? Com quais meios? Afinal, os terroristas também não estão lutando por um mundo melhor?

Dentre esses devaneios, um ponto chama a minha atenção, a questão dos princípios. Que princípios regem a minha conduta e embasam o meu mundo ideal? O que acredito ser certo? É o mesmo que pensam os outros? Quem está certo? Qual o problema de pensarmos de forma diferente? O que vamos fazer com essas diferenças? Lutar até que um de nós vença?

Penso que todos deveríamos ter claros nossos princípios. Não somente os que são impostos pela ONU ou pelas religiões, mas os que realmente guiam nossa postura, nossas atitudes e sonhos.

Se acredito que todas as pessoas são iguais e têm os mesmos direitos, em que condições eu me considero igual aos outros? Nem melhor, nem pior. Será que em algum momento eu não me considero melhor? Por quê? Em algum momento eu deixo de lado aqueles que eu digo que são os meus princípios? Como justifico isso?

Sim, é uma questão de ética, uma questão que deveria ser debatida nas escolas e em todos os âmbitos da sociedade. De outro modo, perde-se a noção de direção, de sentido de mundo. E não importa que os princípios sejam religiosos, pois se levássemos em conta os reais princípios do cristianismo e do islamismo, talvez tívessemos um mundo com maior paz.

Para ser coerente, preciso refletir sobre a relação entre o mundo que eu desejo e as minhas atitudes diárias. Como eu ajo com as pessoas de quem eu não gosto, como eu reajo quando estou contrariada, de que forma eu trato a mim mesma. Conheço algumas pessoas que dizem a amar a todo mundo, mas que tratam a si mesmas com creldade. Os ecologistas se perguntariam sobre a ecologia das relações entre cada um e o mundo, cada um e os outros e entre cada um e si mesmo.

Em verdade, ainda não tenho definidos todos os meus princípios. No meu caso, cresci num ambiente livre em crença e ao mesmo tempo, poderoso em exemplo. Agora, por não ter uma cartilha a seguir, tenho que buscar meus próprios parâmetros.

Alguém pode perguntar: para que ser coerente?

Mas, eu penso: existe outra forma de viver? Essa é a minha visão de mundo, que eu ainda não sei bem como explicar.

Desejo do dia: ler.
Da mesma forma, no mestrado, estou buscando a minha fundamentação de visão de mundo, para poder defender meu trabalho de desenvolvimento local. Não se parece, por enquanto, com nada que eu já tenha lido, mas tenho muito ainda para estudar.

quinta-feira, maio 18

Sobrou

"Depende de nós
Se esse mundo ainda tem jeito
Apesar do que o homem tem feito
Se a vida sobreviverá." (Ivan lins/Vítor Martins)

Nasci anos 70 e cresci nos anos 80. Desde então o Brasil está em crise. Já deveria estar antes, mas até então, meu mundo não existia.

A realidade que eu conheço hoje nasceu comigo e cresceu nos anos 80, certamente. A ecologia, a paz e os direitos humanos eram os temas das nossas musiquinhas. Sabia que eu tinha o direito a uma educação que eu não tinha, a uma saúde que eu não tinha e que meus pais tinham direito a uma economia que não tinham. O dinheiro nunca valia nada, os adultos ficavam nervosos, o governo não funcionava.

Não digo nem pela saúde e educação, pois as crises anteriores geraram pais criativos, mas havia poucos modelos de brinquedos. Quando um modelo era lançado, todos queriam ter. Eram poucos os parques e hoje parece que são até menos. O governo ainda não funciona, mas pelo menos os brinquedos atuais são ótimos.

Eu fui criança na época mais difícil para ser criança, dizem. Fui adolescente quando os jovens "não tinham perspectivas", quando as drogas e a criminalidade explodiram. Entrei na idade economicamente ativa na época em que se diz que não há mais empregos e ainda assim tenho vencido. E agora, que estou empenhada na construção do futuro, as notícias dão conta de que a Terra não vai ter muito disso.

Sou eu ou a sociedade que está virada? Pior, sempre aparece um animado para colocar em nós, os perdidinhos da década de 80, a responsabilidade pelas mudanças. Esqueceram que não deram à maioria de nós educação, nem saúde, nem tranquilidade, nem cidadania, nem brinquedos. Fácil isso de passar a conta para as gerações futuras.

Essa sociedade, criando gerações em clima de depressão, vai ter que catar os heróis no acaso, como a natureza o faz em suas peripécias evolutivas.

Enfrentamos as dificuldades com boa intenção, como nos ensinaram nas musiquinhas, só para descobrir que ainda temos que construir o que não estava ali.

Tá bom, tá bom. Vou fazer esse esforço, mas da próxima vez, já quero nascer num futuro melhor.

Desejo do dia: bom, na verdade eu sou muuuuuuuito mais otimista e feliz com a minha infância do que isso. Desejo que meu trabalho continue dando certo.

quinta-feira, maio 11

O que ando fazendo

Tenho andando envolvida com o mestrado, que iniciou em março.
Muuuuito envolvida. Eu não sabia que sabia tão pouco.

Minha pesquisa é sobre gestão do investimento social. Muitas empresas, ONgs e governo investem em questões sociais, mas dificilmente há uma integração entre esses investimentos e pouca avaliação de resultados. Então eu vou escolher uma comunidade e estudar o quanto está sendo investido nela, pelas diferentes fontes e como esse investimento é gerenciado. O foco do meu estudo serão os projetos para jovens. Bom, isso é o que eu penso em fazer, agora, no começo do curso.

Não sei se vou decobrir alguma coisa que vai me fazer mudar de idéia, mas sei que quero fazer algo sobre isso: http://www.laboratoriodedesenhos.com.br/corrente_page.htm

Desejo do ano: aprender.

segunda-feira, fevereiro 27

Minha família

Minha família não é tradicional no sentido de ter uma grande e conhecida árvore genealógica. Não conheci meus avós. Meus pais sairam de casa jovens. Meu pai saiu do interior da Argentina e foi morar em Buenos Aires. Minha mão saiu do litoral do Rio Grande do Sul para trabalhar em Buenos Aires.

Estes dias descobri o nome dos meus bisavós maternos. Adorei estes: Eulália e Bertoldo. Nomes antigos. Também tive as avós Diamantina e Rosa, os avôs Francisco e Joaquim. Como terão sido eles? Outro dia li que os espíritas dizem que nascemos sempre na mesma família.

Assisti "As Cruzadas" ontem e pensei que, com tantas guerras, doenças e desastres na história da humanidade, meu DNA ter chegado até aqui é coisa de sobrevivente. Aliás, o DNA de todos os que existem hoje.

Mas, enquanto muitos conhecem a história de seus antepassados, a minha está espalhada pelo mundo. O que não me dá direito a nenhuma espécie de preconceito ou de prepotência.

"Minha família conheceu o início do mundo;
Cuidou de ovelhas, de camelos e de cavalos,
Produziu jóias, roupas e obras de grande beleza.
Esteve no Oriente.
Presenciou a luz do homem de Belém.
Seguiu para a Europa, foi até Stonehengue,
Mas fugiu do frio, voltando para o Mediterrâneo.
Resistiu à idéia das cruzadas,
Mas não à de um novo mundo.
Nele chegando, foi até as cataratas.
Encantou-se pelo litoral.
Aqui, nas Américas, vagou entre impérios.
Compreendeu os segredos das florestas, dos animais e da vida.
Conheceu os Andes e as águas termais.
Desceu para as proximidades do mar.
Minha família teve poucos guerreiros e muitos sacerdotes.
E viveu grandes as aventuras humanas.
Eu sei, porque eu estava lá."


Desejo do dia: inspiração

segunda-feira, fevereiro 20

Brasileiros no Oriente - e nós aqui

Momento fotoblog total para colorir esse site. Eu e o Bru numa formatura no sábado, lindinhos, horas antes de eu passar muito mal e ter que abandonar o baile. Amo vinho tinto seco, mas se eu passar dois goles da segunda taça, fico péssima. E nem era um vinho ruim. Uma lástima!

Essa semana também teve momento nostalgia. Respondi um e-mail de um casal que está indo morar em Hong Kong e tem dúvidas. Fiquei com saudades as bandas de lá. Em 2003, quando eu e o Bruno fomos morar em Hong Kong era mais raro saber de alguém, mas de lá para cá, muitos conhecidos estão fazendo o caminho do Oriente. No entanto, é uma viagem que ainda suscita muitas dúvidas.

Entre as perguntas que respondi, estavam essas:

"1) Boas maneiras... como funciona? Como posso me portar para ser mais diplomático possivel, pois não estarei de passagem somente, acho que é importante saber conquistar o povo de lá.

2) Qual a média de gasto por dia... café da manhá, almoço, jantar?

3) O transporte é muito caro?

4) Telefonia?

5) Gostaria de chegar lá e comprar um lap top pra minha esposa poder ficar conectada... tem idéia de quanto vou gastar?

6) Como funciona a internet de lá? É muito caro?

7) Existe alguma comunidade de Brasileiros?

8) Minha empresa fica em Kowloon... é uma área residencial também?.. caso não seja, qual a área mais próxima e com custo razoável para se morar.

9)Gostaria de ficar em um lugar agitado, cheio de restaurantes fast foods e outras lojas de conveniência e serviço... pra facilitar pra minha esposa."

Ufa!!! Desejo uma viagem fantástica para eles.

Depois coloco a resposta no site, junto com as outras.


Será que quando a gente quiser estudar na Espanha vai ter alguém para nos ajudar?

Desejo do dia: tranqüilidade.

quarta-feira, fevereiro 15

Campanha mundial contra indústria de peles

Fui uma daquelas crianças que amavam animais de todos os tipos e levava os que encontrava na rua para casa. Depois estudei Direito Ambiental, fiz estágio na Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina e na Coordenadoria do Meio Ambiente do Ministério Público e tive vontade de escrever algo sobre Direito dos Animais. Depois, passei a trabalhar com o desenvolvimento local e nunca mais tive tempo de voltar a esse projeto.

Segunda-feira aconteceram protestos mundiais contra o comércio de peles.

Não sou ativista por inúmeros motivos. Ainda uso calçados e bolsas de couro, embora não ache justo o argumento de que "eles iam morrer de qualquer jeito". Não acho que a indústria de carnes seja sustentável, "acho" que a abertura de pastos e as platações de soja para ração são grandes causas de desmatamentos, inclusive na Amazônia, entre outras coisas que "acho". Teria que estudar muito mais para defender uma causa.

Só sei que é algo que me machuca.

Em Hong Kong, vi os animais sendo tratados como comida, amontoados, como se não sofressem. Conversei com uma moça coreana sobre o hábito de servir a lagosta viva, tirando o carpaccio do bichinho aos poucos. "É uma delícia!" - disse ela. "Você acha que ela sente?" - completou, diante do meu espanto. Eu poderia citar uma infinidade de exemplos de como a cultura por lá era insensível ao sofrimento dos animais-comida. A caça existe na natureza, mas os leões sufocam suas presas antes de devorá-las, não?

Eu raramente como carne, mas não defendo o vegetarianismo. Só penso que a nossa indústria de carnes é muitas vezes cruel. Mas é muito difícil discutir sobre isso. Sobre o assunto, há um vídeo legal, o Meatrix.


Há uma indústria de peles que vive da crueldade, como demonstra esse vídeo chocante. Não acho que todos devam assistir (A Internet está cheia deles). Não é preciso ver uma violência para saber que ela é horrível. Quando visitei a Muralha da China, vi uns camelôs vendendo peles. Lindas, fofinhas. Algumas na forma dos bichos. Baratinhas. Parecia evidente que não deveriam ter saído de um criadouro.

Muitos ainda vêem a caça, o desmatamento como uma questão de sobrevivência. Essa é uma discussão muito difícil.

Mas que dói, dói.

Desejo do dia: motivação.

domingo, fevereiro 5

Capra

Esta segunda eu e o Bruno assistimos a uma entrevista com o Capra, no programa Roda Viva.

A primeira vez que li um texto dele foi na aula de Economia Política, numa das primeiras fases do Direito. Foi um trecho do livro "Sabedoria Incomum". Gostei das idéias apresentadas, em contraposição ao que já havíamos lido de teorias econômicas.

Em 2002 eu fui ao Forum Social Mundial porque sabia que ele estaria lá. Ainda tive a oportunidade de ver o Eduardo Galeano, que, com "Veias Abertas da América Latina", despertou em mim uma visão crítica sobre a nosso continente.

Capra tem uma grande sensibilidade para perceber as mudanças que estão acontecendo no mundo. É um grande observador e além disso, é muito eloqüente. Por isso é sempre bom ler o que ele escreve e ouví-lo falar.

Quando escreveu "O Tao da Física" chamou a tenção para o fato de que a maneira ocidental de ver o mundo estava de acordo com premissas que estavam sendo modificadas pelos modernos estudos da Física. Ele percebeu que a ciência estava descobrindo um mundo muito mais parecido com a filosofia oriental. Será que é por isso que o oriente está dando esse grande salto? Por estar mais apto aos paradigmas da sociedade do conhecimento? Amei o tempo que vivi na Ásia e Hong Kong conquistou meu coração. Está junto de Buenos Aires, a cidade onde nasci e de Florianópolis, onde moro. Mas é muito difícil descrever o que se vive lá.

Capra comentou que um dos grandes centros mundiais de Agroecologia do mundo está em Florianópolis. Aqui! E eu nem sabia.

Minha dissertação de mestrado, que vai começar este ano, trata da formação de redes de organizações sociais. Vou usar muito as idéias de Capra e seus amigos.

Como ele falou três vezes de Florianópolis no programa, sei que tenho uma boa chance de conhecê-lo e quem sabe, de trocar algumas idéias.

E por falar em Florianópolis, a maravilhosa viajante Lúcia Malla, avisou sobre uma reportagem sobre Floripa que saiu lá do outro lado do mundo. Como dizem os adolescentes "é nóis na fita", duas vezes.

Desejo do dia: ser responsável.

quarta-feira, janeiro 25

Os esquecidos

E por falar em Ruanda, a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) acaba de divulgar uma lista com as dez crises humanitárias mais negligenciadas pela mídia em 2005.

São citados o norte de Uganda, o Sudão, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, a Chechênia, o Haiti, a Somália, a Colômbia e o
Norte da Índia, onde a população passa por situações de enorme violência, mas que não chamam a atenção da mídia. Também é citada a ausência de atenção e a quase total falta de pesquisa e desenvolvimento de novos instrumentos específicos para os portadores de HIV/Aids de baixa renda.

Aqui em Floripa a violência costuma ser notícia, mas a miséria já deixou de ser há muito tempo.

Uma questão de prioridades.

Desejo do dia: encontrar o caminho.

segunda-feira, janeiro 23

Poesia

"Que dias há que na alma me tem posto
um não sei quê,
que nasce não sei onde,
vem não sei como
e dói não sei porquê."
(Luis de Camões)

Se a arte é uma tradução universal das emoções da alma, então é preciso ter uma alma falante para ser artista.

Foi preciso Camões para traduzir meus suspiros.

No caos em que anda o mundo e ciente da minha responsabilidade para com ele, não me dou o direito de reclamar, que há muito ainda a ser feito.

Mas é preciso ser artista para seguir em frente quando todas as coisas começam a sussurrar: "durma, durma...". Quando lá no fundo há euforia, mas isso, que vem não sei de onde, provoca o nocaute da preguiça e do desalento.

No momento, só um beijo apaixonado pode me acordar.

Desejo do dia: acordar.

segunda-feira, janeiro 16

Hotel Haiti

As notícias que chegam do Haiti me fazem lembrar um ótimo filme que assisti há pouco tempo "Hotel Ruanda"*, chorando. Em 1994, quase 1 milhão de pessoas foram mortas em cerca de 100 dias, sem que isso interessasse muito a ninguém fora de Ruanda.

Há quem possa dizer que é coisa lá deles, que se odeiam. Mas, segundo historiadores, a diferença étnica entre Hutus e Tutsis não existia realmente. Sempre foi algo mais ocupacional, chamavam a elite e criadores de gado de Tutsi e os agricultores de Hutus. Eles falavam a mesma língua casavam entre si e eram difíceis de distinguir. Quando os belgas colonizaram a região, fizeram um senso estabelecendo que os habitantes mais altos e de pele mais clara, narizes mais finos seriam Tutsis, deram a eles o poder e cargos públicos. Os de pele mais escura ficaram nos campos e foram chamados de Hutus. Foram emitidas carteiras de identidade definindo as etnias. Antes de ir embora, os belgas deram o poder para os Hutus. Fomentaram a separação étnica e o rancor. Por conta desse ódio, quase um milhão de pessoas foram assassinadas a tiros e golpes de facão. Bom, muitas outras atrocidades continuaram acontecendo.

A história traz um daqueles momentos de lucidez, nos quais lembro que "existem mais eventos acontecendo no mundo do que o que aparece na mídia". Ainda que aceitemos que não seja de caso pensado, os editores decidem o que nos interessa ou não saber. Se eles não noticiam, não fico sabendo, ainda que ocorra algo do meu interesse na cidade ao lado.

A Internet altera um pouco isso ao criar um novo canal de comunicação, todavia com restrições.

Poucas são as criaturas nesse mundo que podem desfrutar do modo de vida "estudo-lar-compras-viagens-carreira-aposentadoria". Poucos vivenciam esse modelo, muitos correm atrás e uma imensa parte da população mundial nem imagina o que seja. A mídia é feita para os sonhos da minoria.


Os editores não incluem nesse sonho a nossa responsabilidade com o restante dos seres humanos. Se estão isolados na África, não ameaçam grandes riquezas como o petróleo, não nos afetam, não são de interesse?

Quando eu era voluntária na Crossroads, em Hong Kong, assisti uma apresentação dos voluntários que estiveram visitando Uganda, onde as crianças são raptadas para lutar nas milícias. Antes, são forçadas a atear fogo em suas vilas e a matar membros da sua família, assim, não terão para onde voltar caso consiguam fugir. Outros voluntários manda notícias de Jeruzalém, a cidade sagrada, onde havia toque de recolher, racionamento de tudo e bombas explodindo. Outros estiveram no Afeganistão...

Aqui ao lado, nas favelas de umas das cidades com o maior índice de desenvolvimento do País, ninguém noticia histórias que poderiam gerar tristes roteiros de filmes.

Sobre a América Latina também noticiam pouco. Acontecerá no Haiti algo como em Ruanda?

Não sou comunista, nem socialista e se tivesse que me filiar a algum partido, seria o Partido Verde. Mas sei que os eventos não andam bem e que precisamos de uma nova maneira de viver.


*Um outro filme que mostra um pouco dessa realidade, mas de forma bem artificial, é "Amor sem fronteiras" com Angelina Jolie. Também estou com muito vontade de assistir "O Jardineiro Fiel".

Desejo do dia: fé.

segunda-feira, janeiro 2

Absurdo II - o incrível caso do professor "desconvidado"

Eu tive aula com o Professor Rubens na ESAG. Foi um dos melhores professores, homenageado pela nossa turma e por tantas outras. Não merecia isso:

"Excelentíssimo Dr. Professor Rubens Araújo de Oliveira

Nós da comissão de formatura 2005/2 dos cursos de Administração, Turismo, Jornalismo e GSI da faculdade Estácio de Sá de Santa Catarina, vimos por intermédio desta, comunicá-lo de uma situação que nos deixa muito constrangidos e de certo modo frustados: Há alguns meses, em visita pessoal entre os membros da comissão de formaturaà Vossa Senhoria, solicitamos e fomos prontamente atendidos e correspondidos na solicitação do convite, que muito nos honraria, para homenageá-lo como Patrono das turmas acima mencionadas. Até então, também foi abordado a possibilidade de um auxílio para amenizar os custos referentes a formatura.
Hoje pela manhã, fomos informados formalmente que o auxílio que poderia ser repassado aos formandos seria de R$ 1.000,00, que entendemos que esteja dentro das suas atuais possibilidades financerias. Ao repassar esta informação, a comissão e os demais formandos ficaram em uma situação delicada em face da dificuldade em completar o orçamento. Os mesmos reagiram e sugeriram o auxílio de outra pessoa, que era também cogitado aser homenageado, cujo valor disponibilizado amortizará o custo relativo ao local da colação de grau , pois contávamos com a disponibilidade do novo auditório da Estácio.
Então, diante desta situação extremamente complicada, nós da comissão acatamos o que a maioria dos formandos optou, que é de homenagear como Patrono a outra pessoa que fará uma contribuição mais elevada.
Gostariamos de agradecer o aceite e o comprometimento, nos desculpar pela alteração e pelo não cumprimento do convite que fora gentilmente aceito pelo senhor, mas diante dos fatos, a maioria decidiu que seria mais justo homenagear a pessoa que se propôs a fazer a maior contribuição para com osformandos.
Ficamos no aguardo de um retorno do recebimento deste.Atenciosamente;Alex ( ADM ) / Sabrina ( TUR ) / Deise ( JOR ) / Rafael ( ADM ) / Juliana(TUR ) / Mônica ( GSI ) Comissão de formatura 2005/2"


RESPOSTA DO PROFESSOR:

"Prezados Acadêmicos da Comissão de Formatura dos Cursos de Administração, Jornalismo e Turismo 2005-2,

Vocês não devem se sentir constrangidos. Frustados sim. Constrangidos nunca!
Quem sabe este constrangimento não setrata de vergonha! Ou falta de caráter! Ou ainda falta de ética!
Entendo que estou "desconvidado" para ser Patrono . Em minha vida de quase 30 anos como professor, devo ter sido patrono, paraninfo, nome de turma e homenageado -dezenas de vezes. Jamais imaginei que formandos convidassem e"desconvidassem" patronos por dinheiro! Enfim, sempre há uma primeira vezpara tudo.
Se eu utilizasse a mesma moeda (literalmente) é uma pena não ter sido comunicado antes... Neste caso, por idêntico critério não teria pago minha parte como "patrono" na última festinha de confraternização dos formandos.
Meus queridos ex-futuros afilhados:Eu é que me sinto constrangido. Decepcionado. Surpreso. Triste mesmo!
Constrangido porque pensei que o convite realizado fosse uma homenagem ao Ex-Diretor Geral da Estácio pela sua capacidade de administrar e levar adiante um projeto que em cinco anos tornou-se a maior escola de administração de SC.
Todos os cursos que ora estão se formando obtiveram a nota máxima de avaliação do MEC.
Patrono é isso: uma pessoa que os formandos entendam deva ser exemplo na área de atuação dos cursos.
Decepcionado porque pensei que nossos alunos honrassem o título de Bacharel após quatro anos muita de luta e sacrificio.
Patrono é isso: uma pessoa que dignifica a profissão.
Surpreso porque jamais imaginei ter sido "comprado" como Patrono. Isto é, fui "eleito" pelos formandos somente porque iria dar dinheiro para aformatura. Patrono não é isso. Patrono não se vende.
Triste porque vejo que não consegui - após quatro anos de curso superior mudar os valores de alguns alunos da Estácio SC.
Patrono é isso: uma pessoa que possui valores que prezam pela ética, moral, honra e palavra. Sinto-me aliviado. Dormirei melhor... Não consegui comprá-los por R$1.000,00.
Obviamente a honraria de ser patrono vale muito mais que isso. Tivesse eu as qualidades de um patrono acima citadas - talvez me sentisse"enojado" com a situação. Como não as possuo, sinto-me aliviado em ter poupado um dinheirinho que seria gasto com pessoas das quais me envergonho ter sentido alguma consideração de relacionamento.
Assim sendo, e como não resta alternativa com muita alegria aceito o"desconvite".
Entendo que outros formandos não devem compartilhar da mesma opinião dessa Comissão. À estes desejo sucesso e sorte. À Comissão de Formatura e aos outros que trocaram o patrono por dinheiro o meu desprezo.
Seguramente a vida lhes ensinará o que a faculdade não conseguiu!
Por último, desejo à todos a felicidade da escolha de um Patrono bem rico!
Que ele possa pagar todas as despesas e contas... Seguramente a maior qualidade do homenageado.
Que tenham uma excelente formatura.
Estarei lá - presente na qualidade deprofessor da Estácio .
Digam ao acadêmico orador - que em seu discuro não fale em qualidades dignas do ser humano. Muito menos em decência, honra,moral e ética. Se assim o fizer - irei aparteá-lo e chamá-lo de mentiroso!Atenciosamente,
Prof. RUBENS OLIVEIRA, Dr
Ex-futuro Patrono dos Cursos de Adm, Jor e Tur da Estácio de SC"


Desejo do dia: caminhada