sexta-feira, dezembro 17
Mamãe, eu vou para a Califórnia
No site que fiz sobre Hong Kong, as pessoas costumam perguntar como fazer para morar fora. É claro que, se você tem dinheiro, pode ir na boa, é só buscar um curso e se matricular. Mas, para os menos abonados, existem outras opções, como obter bolsas de estudos ou conseguir um emprego que o leve para fora.
Em Floripa, boa parte das pessoas que eu conheço já passaram um tempo no exterior. Há um certo costume das famílias de economizarem para colocar os filhos em programas de intercâmbio. E há também uma cultura dos professores da Universidade Federal de Santa Catarina, de fazerem alianças com outras universidades para Doutorados sanduíche e estágios, o que facilita bastante a busca do estudante.
Fiz uma pesquisa sobre o assunto e vou colocar aqui, rapidamente, o que encontrei.
Programas de intercâmbio
Normalmente pagos, valem muito à pena. Além de contrubuir para a proficiência em uma nova língua, morar fora do país é um bom meio para desenvolver a capacidade de comunicação e abrir os horizontes. É certo que não é só isso que faz a diferença no âmbito profissional, mas ajudou muito para diversas pessoas que conheço e que não estariam aqui em HK, por exemplo, se não fosse por isso. Para quem quer fazer intercâmbio, ajuda participar de instituições como clubes Rotary e CISV.
Bolsas de estudo
Durante o seu curso universitário. Você pode procurar fazer um intercâmbio com uma outra universidade no exterior, estudando alguns meses lá. Ajuda muito se você tiver algum projeto de pesquisa. Nesse caso você pode procurar o site da universidade almejada e verificar se ela disponibiliza esse tipo de intercâmbio. Também existem alguns programas internacionais de estágios, como o do Banco interamericano de Desenvolvimento (BID): link. Há também um programa especial para afrodescentenes e indígenas: link.
Mestrado e doutorado. São as bolsas mais tradicionais e mais ofertadas. Você pode escolher uma área de estudo e procurar alguma universidade que esteja desenvolvendo um programa de pesquisa na área ou simplesmente escolher o curso desejado e fazer um pedido de inscrição. Com a carta de aceitação, já pode procurar uma bolsa que pague as despesas do curso. Algumas pagam apenas parte, outras até a passagem. A bolsa pode ser da própria universidade ou de alguma instituição ou governo. Entre no link a seguir e veja que são muitas as possibilidades: http://www.dce.mre.gov.br . Procure por “Cursos para brasileiros”, existem programas em “entidades internacionais” e “governos e instituições”. É o melhor site que eu conheço sobre o assunto e tem sido atualizado constantemente. Normalmente esse passo exige que você tenha conhecimento do idioma do país. Um dos programas é o Alban, para quem quer estudar na União Européia.
Cursos prontos. Nos quais você tem que preencher determinadas características, como experiência na área, para se cadidatar às vagas. Uma vez, indiquei um desses para um amigo nosso. Ele não sabia falar inglês direito, mas se esforçou, conseguiu cartas de recomendação, foi passando de etapa em etapa e acabou indo passar seis meses na Alemanha, estudando energia eólica (cataventos gigantes). Ex: Bolsas OEA diversas e cursos presenciais. A japonesa Jica, também disponibiliza esse tipo de curso. Conheço várias pessoas que já foram passar alguns meses no Japão estudando assuntos determinados.
Trabalho
Existem aqueles programas de trabalho em estações de esqui, navios e afins, mas esses eu não conheço bem. Penso que quem realmente quer trabalhar fora deve procurar desde cedo, trabalhar em alguma empresa que tenha o costume de mandar seus empregados para o exterior, como o HSBC ou a Embraer, por exemplo. Ou em algum órgão do governo como o Itamarati. Bom, são muitas as profissões que podem levar você para trabalhar no exterior, como a do Zeca Camargo, por exemplo. Mas não é nada fácil chegar lá. Aqui em HK, a maior parte dos brasileiros trabalha para empresas que compram ou vendem na China. Bom, um amigo é arquiteto, mas começou na Inglaterra e foi transferido para cá.
ONGs
Outra maneira interessante é participar de um programa de voluntário, mas a má notícia é que eles costumam cobrar. Sim, tirando algumas como a ONU, que pode pagar algumas despesas, muitas intituições que levam você e sua boa-vontade para salvar os rinocerontes da Indonésia e as florestas da Nova Zelândia, desde que você pague uma certa quantia. Pode ser bem mais interessante do que ir como turista e até mais barato, mas não costuma ser de graça. Exemplo: Global Volunteer. Outras oportunidades de voluntariado e algumas que cobrem as despesas: One World e Idealist.
O trabalho remunerado em ONGs, normalmente te leva a participar de muitos eventos fora do país, mas é preciso ter conhecimentos de outros idiomas para conseguir um. Veja algumas vagas aqui: Rits.
Ir por conta
Exige um espírito decidido e aventureiro. Quando você é jovem, trabalhar lavando pratos ou num hotel pode ser muito interessante e até vale muito à pena, mas depois de velho, eu não iria.
Existem outras maneiras, é claro. Eu não pesquisei tanto assim e procurei mais na minha área. Outras profissões devem ter seus caminhos especiais. Se você tem alguma dica ou discorda de algum ponto, pode colocar ali nos comentários.
Bom, também pode acontecer de você se casar com um(a) estrangeiro(a), sua família se mudar ou seu marido/esposa ser transferido(a), como no meu caso.
Além disso, como eu vi alguém dizer o outro dia, você também pode começar a vender os seus órgãos e ir se mudando aos pouquinhos. Tenho certeza de que existem outras idéias engraçadinhas, mas essas eu deixo para a criatividade dos meus amigos comediantes de plantão.
Desejo do dia: pizza!!!
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