sábado, abril 30
Vida quase digital
Depois de preparar toda a apresentação, recebemos a notícia de que haveria troca de sala. Para uma que não tinha rede! Que decepção! Desculpem-me por ter criado a ilusão. Comentei o fato na sala. Tirei a foto, projetei no datashow, mas infelizmente ela não pode ir ao ar.
Falamos sobre todo o tipo de modernidades, mas não tinhamos acesso à Internet num auditório de um prédio novo da Engenharia de Produção, de uma universidade federal (UFSC).
Penso que somos alguns poucos privilegiados que temos acesso a um mundo mais abrangente e cheio de possibilidades nessa era digital para alguns. Somos a vanguarada de algo que não sabemos bem o que é, mas também estamos sendo levados por estes eventos, para não sabemos onde.
Mas que é divertido, é.
Obrigada amigos, por enriquecerem a minha vida digital e real também.
Desejo do dia: inclusão digital.
quinta-feira, abril 28
Vida Digital
Ambas as obras são muito interessantes e estão me fazendo ficar bem animada para escrever o artigo que vale nota. Negroponte aborda a diferença entre a indústria dos átomos e a indústria dos bits e faz previsões sobre novas tecnologias. O Levy eu ainda não terminei de ler (!). Até onde eu li, fala sobre as mudanças sociais na era do hipertexto.
Mas o que eu queria dizer é que pensei e combinei com os meus dois colegas de grupo de falar um pouco sobre Blogs na apresentação e, se possível, fazer uma experiência na sala de aula. Vou levar a máquina digital e colocar uma foto da turma no Blog, na hora. Se alguém estiver navegando na sexta, entre 7:00 e 9:00 h da noite, vai estar online conosco.
Estou com saudades de visitar os amigos da minha vida digital, mas sempre lembro de todos e devo falar de vocês na aula.
Desejo do dia: tempo, claro, sempre esse danado.
sábado, abril 16
Uma coisa é uma coisa
(Ditado "manezinho")
Relendo meus diários, tenho descoberto que as coisas não aconteceram como eu as lembrava. Essa constatação me fez recordar uma frase - se alguém puder me ajudar a encontrá-la, sou grata - que dizia mais ou menos assim “as coisas não são como aconteceram e sim como as lembramos”.
Por vezes, em meu diário, eu escrevia não só o que eu havia feito, mas com quem e como me sentia ao final do dia. Lendo as anotações, pude viver novamente as histórias e descobrir que eu me diverti bem mais do que eu lembrava, que eu encarei melhor os acontecimentos do que costumava encarar as lembranças deles. Alguns desentendimentos, algumas festas que eu perdi, desilusões, deixaram só pequenas anotações. Mas as do tipo “adorei”, “um dia perfeito”, “estou muito feliz”, foram muito mais freqüentes.
Pude também detectar os momentos em que aconteceram pequenas mudanças na minha personalidade e, por vezes, até os motivos. Fui cuidadosa nas anotações com relação à impressão que tinha das pessoas a minha volta, mas acertei e errei como acerto e erro hoje.
Em certas passagens, nem eu suporto o que pensei, o que escrevi, porque fui muito chata, birrenta, metida, convencida e egoísta. Mas depois, mudava e era a pessoa mais doce que jamais pensei ter sido. No entanto, nem sempre eu mudava para melhor.
Lembro de mim como um fragmento, mas eu era uma totalidade, como agora. Ainda que desde de então eu tenha aprendido mais, que tenha amadurecido, não significa que eu tenha sido uma pessoa incompleta, apenas menos experiente. Com isso, passei a admirar e entender melhor os adolescentes. Eu não fui adolescente, eu estive adolescente. Eu não sou adulta, eu estou vivendo uma vida adulta. Os adolescentes não são potenciais adultos, eu não sou uma potencial idosa, sou uma pessoa completa, por mais maravilhosa que eu possa vir a ser uma dia.
Escrevi, em fevereiro de 1992:
"O Futuro
Amanhã chegará?
Se chegar, eu vou.
Se esperar, já passou.
Se procurar, nunca entrará.
O futuro está tão próximo!
E assim ficará, eternamente.
É o que nunca está aqui e sempre muda.
Nunca vem, mas sempre passa
E você não sente.
Sempre ali e sempre ausente.”
Desejo do dia: acertar.