Pastel, aqui em Hong Kong? Como se diz lá na Ilha: “Mofas com a pomba na balaia!”
Até onde eu fiquei sabendo, aquele pastel do “chinês da esquina” ou da feira é uma invenção dos chineses que foram para o Brasil e surgiu a partir do bolinho primavera. Bom, lendas urbanas a parte, o fato é que não tem disso aqui não. A não ser no nosso “Buteco”, um bar de esquina de um nepalês chamado Biro, muito gente-fina, onde os meninos vão tomar cerveja gelada toda quarta-feira, depois do futebol (e sempre que surge uma chance).
Os meninos ensinaram o Biro a fazer um pastel de queijo no brazilian style, assim como a picanha, que ele compra de uma importadora do Brasil (pois aqui os cortes de carne são diferentes). Certa vez, rolou até filé mingnon com Catupery, aquele queijinho com freqüência contrabandeado na mala de brasileiros viciados (não vendem Catupery aqui, o que prejudicou 50% do meu cardápio. Batata-palha? Mofas!).
Assim, sempre que bate aquela vontadinha, a gente corre para comer o pastel do nepalês da esquina.
Por outro lado... Dia desses, durante um jantar, um fornecedor perguntou para o Bruno se ele gostava de “camarões frescos no vinho" e ele disse que sim, como sempre. Na verdade é uma oportunidade para os caras comerem o que eles adoram às custas da empresa. Por que o Bruno iria acabar com essa alegria?
Entre os pratos principais, veio um prato fundo transparente onde se via um líquido escuro, que ficou fechado. Depois de um tempo, curioso, o Bruno abriu a tampa e lá estavam, boiando no vinho, camarões vivinhos da Silva. O anfitrião disse que eles ainda não estavam prontos, que eles tinham que morrer primeiro, bêbados e felizes, no vinho. Quando os chineses começaram a comer os bichinhos, que já estavam quietos, o Bruno pegou um, mas ele pulou. Resolveu então perguntar como se matava o pobre e alguém na mesa respondeu: morde a cabeça!
O Bruno deu um jeito de cortar a cabeça da criatura com os palitinhos e comeu só unzinho.
Desejo do dia: pastel de queijo.
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