quarta-feira, fevereiro 15

Campanha mundial contra indústria de peles

Fui uma daquelas crianças que amavam animais de todos os tipos e levava os que encontrava na rua para casa. Depois estudei Direito Ambiental, fiz estágio na Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina e na Coordenadoria do Meio Ambiente do Ministério Público e tive vontade de escrever algo sobre Direito dos Animais. Depois, passei a trabalhar com o desenvolvimento local e nunca mais tive tempo de voltar a esse projeto.

Segunda-feira aconteceram protestos mundiais contra o comércio de peles.

Não sou ativista por inúmeros motivos. Ainda uso calçados e bolsas de couro, embora não ache justo o argumento de que "eles iam morrer de qualquer jeito". Não acho que a indústria de carnes seja sustentável, "acho" que a abertura de pastos e as platações de soja para ração são grandes causas de desmatamentos, inclusive na Amazônia, entre outras coisas que "acho". Teria que estudar muito mais para defender uma causa.

Só sei que é algo que me machuca.

Em Hong Kong, vi os animais sendo tratados como comida, amontoados, como se não sofressem. Conversei com uma moça coreana sobre o hábito de servir a lagosta viva, tirando o carpaccio do bichinho aos poucos. "É uma delícia!" - disse ela. "Você acha que ela sente?" - completou, diante do meu espanto. Eu poderia citar uma infinidade de exemplos de como a cultura por lá era insensível ao sofrimento dos animais-comida. A caça existe na natureza, mas os leões sufocam suas presas antes de devorá-las, não?

Eu raramente como carne, mas não defendo o vegetarianismo. Só penso que a nossa indústria de carnes é muitas vezes cruel. Mas é muito difícil discutir sobre isso. Sobre o assunto, há um vídeo legal, o Meatrix.


Há uma indústria de peles que vive da crueldade, como demonstra esse vídeo chocante. Não acho que todos devam assistir (A Internet está cheia deles). Não é preciso ver uma violência para saber que ela é horrível. Quando visitei a Muralha da China, vi uns camelôs vendendo peles. Lindas, fofinhas. Algumas na forma dos bichos. Baratinhas. Parecia evidente que não deveriam ter saído de um criadouro.

Muitos ainda vêem a caça, o desmatamento como uma questão de sobrevivência. Essa é uma discussão muito difícil.

Mas que dói, dói.

Desejo do dia: motivação.

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